Há uma teoria que circula nos escaninhos palacianos de que a desgraça de Sergio Botto de Lacerda teria sido propositalmente arquitetada pela Sanedo, ex-Vivendi, grupo francês que faz parte do Consórcio Dominó, sócio da Sanepar. Isso para tirar da empresa a responsabilidade em mais um possível negócio nebuloso, já que em passado não muito distante se envolveu em trama que deu cadeia e repercussão negativa internacional (caso Enron), segundo a teoria. Daí que, ao gorar a contratação dos serviços de Botto para a negociação da venda para a Copel da participação na Sanepar, “esqueceram” na proposta enviada à Copel os entendimentos com Botto. Foi a transcrição que chegou a Celso Nascimento, na Gazeta do Povo, provavelmente enviada por alguém da diretoria da Copel. Há até quem sustente que a carta de Botto publicada por Nascimento, na seqüência, e estopim do furdunço, não teria sido enviada pelo ex-procurador geral do Estado, e faria parte da trama. Delírio demais, apesar de ninguém ter entendido até agora o ato de Botto. Ele enviou a carta para publicação e pelo menos mais uma cópia para um interlocutor. De qualquer forma, taí o caroço novo nesse angu especial.