10:47Roberto & Maurício

Maurício Requião, o secretário da Educação, é par perfeito para o irmão, quando o assunto é pancadaria. No palco da Escola de Governo os dois juntos cantam afinados. Hoje, por exemplo, Maurício disse que o governo acabou com a farra das Ongs. Não tinha números, citou uma tal de Adeja, do governo Lerner, claro. Como há a denúncia de que o atual governo repassou R$ 520 milhões para tais entidades, é de pensar o que aconteceria se a farra não tivesse acabado. Requião, que é faz sempre a “primeira voz”, aproveitou para dizer que a postura de seu governo vai continuar a mesma, apesar do desespero, da campanha da “direitona” (alguns deputados e o jornal Gazeta do Povo) contra as Apaes, que são movimentos sociais sérios. “Não vamos interromper por causa da Gazeta”. O termo “direitona” não era usado desde que o general Ernesto Geisel deu um piparoco no quatro estrelas Silvio Frota e a ditadura começou a entregar a rapadura no que chamaram distensão lenta e gradual. Os Requião é que estão acuados, daí o ataque e o discurso onde dramatizam apelando para o emocional, no velho estilo dos populistas demagogos. Qualquer pessoa que acompanha o noticiário sabe que nem os deputados da Oposição e muito menos a Gazeta do Povo quer acabar com as Apaes. Seria a mesma coisa se Roberto & Maurício abrissem fogo para defender a compra dos 22 mil televisores laranja afirmando que a direitona quer acabar com o ensino público. Não seria mais lógico e sensato debulhar os gastos do governo anterior e apresentar os documentos explicando onde, como e para que finalidade foram repassados meio bilhão no atual?

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