9:27Mortos não falam

A Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) gastou uma boa grana para publicar hoje uma nota oficial onde sai da reta sobre o caso de seu funcionário, Valmir Mota de Oliveira, o Keno, morto no confronto da Via Campesina (MST) com seguranças na fazenda experimental da Syngenta, no Oeste do Estado. Confirma o que a Gazeta do Povo escrachou, que Oliveira era funcionário da fundação e ganhava R$ 3 mil por mês. Mas informa que o que ele fazia fora do trabalho, ou seja, sua participação no MST, não era de sua (dela) responsabilidade. Como um funcionário pode ser militante de invasões, onde, hipoteticamente, fica dias, semanas, até meses acampado, é um mistério. O único que poderia explicar a história direito seria o próprio Oliveira. Mas, infelizmente, como se dizia nos velhos tempos, foi calado para sempre.

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Uma ideia sobre “Mortos não falam

  1. anônimo

    Zé Beto,
    seria interessante publicar qual é a fonte de recursos para o pagamento do dito Kena. A Funpar trabalha administrando projetos alheios. É uma grande intermediária da venda de serviços de professores, oscips, ongs etc. Quem é o dono do projeto e quem é o financiador?

  2. analista

    A coisa é simples: manda um repórter fuçador deste poderosos Jornale verificar o que o Kena fazia e como funciona o tal “Centro Colaborador
    em Alimentação e Nutrição Escolar do Paraná”, do Departamento de Nutrição da UFPR. Na nota, a FUNPAR afirmar ter uma “carteira”de 700 projetos. Que tal o MP dar uma vasculhada. Se estiverem ok, é obrigação, se tiver maracutaia (ONGs, OSCIps), ferro nos responsáveis.

  3. Duarte

    Por exemplo: a grana que o governo estadual destinou para a mal-estruturada UFPR Litoral entrou via Funpar. Por se tratar de uma fundação, a Funpar é um ralo de dinheiro público. A administração do sr. Carlos Augusto Moreira Jr. é uma vergonha, sob todos os aspectos. E não adianta espernear. Se tivesse um pingo de consciência, de decência e de esclarecimento, este senhor já teria se retirado.

  4. Jeremias, o bom

    A Funpar presta contas a quem?
    A Funpar tem os seus cargos de direção preenchidos por quem? E com que critérios?
    Creio que um feixe de luz sobre esta fundação, que já está na iminência de completar 30 anos, seria salutar. Inclusive para a própria Funpar.

  5. rodrigo

    sem contar que o requiao tentou aparelhar ainda mais a RTVE atraves de um convenio com a FUNPAR…isto para nao dar cumprimento a uma decisao judicial que determinava a realização de concurso publico, sob pena de multa diária no valor de R$ 200 mil, e que corre ate hoje….

  6. Thomas

    A FUNPAR foi criada para dar suporte ao HC. Como o Hospital de Clínicas não tinha agilidade jurídica para realizar compras de emergência de suprimentos médicos, ambulâncias, móveis hospitalares, contratação de funcionários especializados, foi criada uma Fundação para agilizar o funcionamento e impedir que o mais importante hospital-escola parasse por conta da burocracia. Só que alguns espertalhões descobriram que a Fundação serviria para outros fins. Entre eles os fins políticos. Quem sabe alavancar uma candidatura aqui, apoiar um “movimento social”acolá. Assim caminha a humanidade nestes tristes trópicos. Que tal uma CPI da Funpar? Acho que nossos deputados não tem “cojones” para tanto.

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