2:27O caldo entornou na Syngenta

E agora? O caldo entornou com as duas mortes e os vários feridos na reocupação da fazenda experimental da multinacional Syngenta Seeds, em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná. Os integrantes da Via Campesina e do MST tinham reocupado o local na madrugada de domingo. Às 13h, os seguranças particulares que tomavam conta da fazenda retornaram ao local e houve troca de tiros. Morreram o segurança Fábio Ferreira de Souza, da empresa NF Segurança, e o líder do MST Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Kenun. A polícia prendeu sete seguranças particulares  por formação de quadrilha e homicídio. A Syngenta divulgou nota afirmando que não é política da empresa o uso de força e armas para proteger suas unidades. Segundo a nota “os seguranças presos teriam confirmado a participação no conflito. Eles afirmaram para a polícia terem sido contratados pelo Movimento dos Produtores Rurais para retirar pessoas que tentassem invadir a área. Os seguranças foram encontrados e presos num barracão abandonado a cerca de seis quilômetros da fazenda.” O Governo do Paraná ainda não se pronunciou oficialmente. Apenas divulgou os fatos através da Agência Estadual de Notícias. Na matéria, informa que a Syngenta está no “cinturão ecológico do Parque Iguaçu”. Foi por este motivo que apoiou a primeira invasão. O governador Roberto Requião desapropriou a área e chegou a afirmar que ela seria transformada numa espécie de parque ecológico e científico. Depois de uma longa batalha judicial, a multinacional conseguiu a reintegração de posse na Justiça, ocorrida em julho passado. Agora, deu no que deu.

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