Do nosso correspondente na Água Verde, na divisa com o Portão:

Doutor em filosofia e educação pela USP, jornalista e editor da revista “Língua Portuguesa”, Luiz Costa Pereira Junior, na “Folha de São Paulo” de hoje, dá um sonoro pau na reforma ortográfica prevista para 2009. Ele diz que a reforma não é aceita por Portugal (abrasileiramento do protuguês), não simplifica e provoca a reedição de livros, entre outros argumentos.E resume: “A língua que usamos revela o que somos, e nem nos damos conta. Trai nossos preconceitos, nossas ênfases e os papéis que adotamos na sociedade. Ao falar, o brasileiro expressa sua identidade, que nunca é uniforme, e o país respira sua diversidade, que insiste em nos unir”.  Ótimo. Ele está certo, porque em vez de reforma ortográfica, o negócio seria uma campanha para punir a macaquice anglicista que prolifera nas esquinas, tipo “sale”, “off”, “delivery”, “Big Mac” e outras sandices americanófilas. Lembrem-se que se o Bigorrilho virou Champagnat, amanhã o Jardim das Américas vira America’s Garden e a Água Verde Green Water.