9:52E agora com vocês… Karam, o mágico

CRÔNICAS DE ALHURES DO SUL

Por Manoel Carlos Karam

Lidas pelo autor na BandNews FM 96,3, Curitiba, às segundas-feiras, entre seis da tarde e sete da noite, e na terça-feira de manhã  – ou a qualquer momento em edição extraordinária.

(22 de outubro de 2007)

      Sempre que vejo uma mesa cercada de jogadores de baralho me preparo para o meu número de mágica.

      Fico rondando a mesa até ter a chance.

      É quando o maço de cartas fica no centro da mesa aguardando alguém que o corte e então o outro jogador possa dar as cartas.

      O meu gesto é rápido, como todo passe de mágica.

      Digo subitamente:

      Vou cortar o baralho num ás.

      Estico o braço sobre a mesa, separo o maço de cartas em dois e ergo um deles.

      Mostro a carta que ficou exposta na minha mão.

      Que teria que ser o ás prometido.

      Raramente dá certo.

      Quase sempre nem sombra do ás.

      Mas quando o acaso me ajuda e exibo um ás, é o maior sucesso.

      Todos querem saber como é que eu faço aquela mágica tão incrível, fantástica, extraordinária.

      Não tem mágica.

      Dependo do acaso para dar certo.

      Mas isto é segredo.

      Não conto pra ninguém.

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