Não é a primeira vez que Samuel Gomes, diretor-presidente da Ferroeste, roda a baiana, bota o Jabaquara em campo, rasga a fronha e dá uma de doidão. No dia 02 de agosto passado ele quase sai no braço com o ministro Paulo Bernardo (PT) que fazia uma palestra sobre o PAC no Hotel Bourbon, em Curitiba. Empresários do Sudoeste que foram convidados pela deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) para o evento ficaram estarrecidos. O motivo do confronto foi o PAC e as Parceiras Público Privadas. Durante sua exposição, Paulo Bernardo falou da construção do ramal Guarapuava-Ipiranga da Ferroeste, orçado em R$ 540 milhões. Bernardo alfinetou a Ferroeste que estaria sendo muito restritiva à adoção de Parcerias Público Privadas (PPP) – essa postura, de fundo ideológico, estaria retardando a evolução das ferrovias no Paraná.  A resposta de Samuel Gomes deixou a platéia catatônica. Levantou-se e acusou o governo federal de ter uma “PPP carimbada” na construção do ramal Guarapuava-Ipiranga em que o vencedor seria a América Latina Logística. Mais, garantiu que a Ferroeste poderia construir a obra pela metade do preço. A partir daí o nível baixou de vez. Paulo Bernardo e Samuel Guimarães trocaram insultos em que palavras como “ladrão”, “vigarista” e “filho da p.” foram disparadas com enorme liberalidade diante de todos. Ao fim dessa troca de “elogios”, o ministro Paulo Bernardo, usando suas prerrogativas de dono da casa, expulsou o presidente da Ferroeste debaixo de gritos e palavrões. Na saída, Bernardo gritou que o valor do ramal ferroviário, agora acusado de superfaturamento, havia sido avaliado pela própria Ferroeste. Empresários que relataram o caso ainda em estado de choque revelaram que, da fúria do ministro, sobrou também para a deputada Luciana Rafagnin, que foi responsabilizada por ter convidado Samuel Gomes, classificado como “energúmeno”, para participar do encontro.