A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Gazeta do Povo lançaram campanhas publicitárias onde o mote principal é a independência. Este blog aproveita a deixa e lança sua própria campanha, informando ao distinto público que é totalmente dependente, a começar pelo titular.
Ninguém é independente.
Ainda mais quem diz que é.
Todos dependemos de alguém, de algo.
Jornais dependem dos anunciantes e dos leitores, nesta ordem de importância financeira.
Por isso e por uma questão de puro marketing, nenhuma empresa – seja ela jornalística ou não – independe de vendas e de lucros. Sem lucros, todas as empresas quebram.
Infelizmente, alguns jornalistas não compreendem a importância dos anunciantes, nos seus veículos de comunicação, tratando-os, ainda, como intrusos indesejáveis (quando são estes anunciantes que viabilizam as empresas e os salários de todos).
Uma Imprensa independente é utopia, na minha opinião (pois sempre dependerá dos desejos e do humor, pelo menos, dos donos).
Independer de Governos deveria ser obrigação, não diferencial de um jornal, ou de uma instituição de classe.
Como procurar a melhor versão possível da verdade, segundo Carl Bernstein (do Watergate) é fazer bom jornalismo, a verdade e a independência podem ser considerados bens relativos. Ou não?
Assim como quem é honesto e ético não fica alardeando isso, penso que quem é realmente independente não precisar afirmar isso. O público percebe quem é realmente o quê.
Marketing é uma guerra de percepções (Al Ries). Não é uma guerra de slogans.
JJ
Só um detalhe da campanha na TV da Gazeta do Povo me chamou muito à atenção: quando o locutor fala em liberdade de expressão e de informação, aparece um homem lendo o Caderno do Automóvel….tudo a ver. JJ
A Gazeta independente? Ridículo.
Antes de se dizer independente, o jornal dos filhos de Francisco precisa se penitenciar pelos muitos anos de omissão, conivência e outros pecados que cometeu na “cobertura” da vida paranaense.
POderia começar com uma autocrítica dos tempos em que a direção do jornal indicava conselheiro do tribunal de contas e por aí seguia.
como diz aquela porcaria sertaneja, “sô tão dependente de suncê…”