Do correspondente no cais do porto:

“Eu sei que não é farofa que espalha sujeira ao ser colocada na frente do ventilador. Mas, como este blog está liberado para pudicos, carolas e menores de idade, tenho que me conter no palavreado. Só conheço por fotografia o “ainda” diretor Técnico do Porto de Paranaguá, engenheiro Leopoldo de Castro Campos. Em pouco mais de dois meses, como integrante da diretoria da APPA, ele apurou, e denunciou ao governador Roberto Requião, superfaturamentos, desvios, achaques e favorecimentos praticados pela atual gestão da autarquia portuária. Jogou farofa no ventilador. Uma verdadeira bomba para o surpreendente superintendente Eduardo Requião desarmar. A surpresa não foram os assuntos apontados na denúncia, que há muito são objeto de comentários, ainda que velados, na Comunidade Portuária. A surpresa foi, além da coragem, a denúncia partir de um integrante da diretoria da APPA. As doze horas dadas por Eduardo Requião, para que diretores, chefias e engenheiros da APPA, e também as empresas mencionadas, respondessem às denúncias, caminham para 48 horas, e não se tem conhecimento de qualquer atitude nesse sentido. A reunião convocada para o gabinete da
Superintendência, na tarde de quarta-feira, segundo consta, pela ausência do denunciante, foi encerrada sem conclusões. É muita ingenuidade imaginar que Leopoldo Campos teria clima favorável para participar daquela reunião, uma vez que, consta, ele teria até recebido ameaças à sua integridade física. A vontade dos denunciados, certamente, é de que tudo caísse na famosa “gaveta do esquecimento”, como tem sido hábito neste tri-governo requianista  quando o assunto é apuração de denúncias desse tipo. Entretanto, esse esquecimento desejado não será possível. O atento vereador Alceu Claro Chaves, na sessão de ontem da Câmara, encaminhou documentação e denunciou o fato ao Ministério Público e à Polícia Federal, requerendo a apuração dos fatos e, se for o caso, a responsabilização dos envolvidos. Ficamos no aguardo.”