4:26Boca fechada e orla estragada

O calçadão da praia de Piçarras, em Santa Catarina, foi comido pelo mar assim como o foi o de Matinhos, no Litoral do Paraná. A recuperação de lá será feita com dinheiro federal, pois há verba especial para isso no Ministério das Cidades. Os catarinas estão arrancando R$ 8 milhões porque foram ao lugar certo e abriram a boca para pedir. Os paranaenses continuam de boca fechada, de cofre vazio e o estrago da natureza será uma das atrações do próximo verão na orla.

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Uma ideia sobre “Boca fechada e orla estragada

  1. Arrelia

    É Zé Beto, nós que somos o povo, que votamos ,temos a memória apagada pelo lapso de tempo, mas estou lembrando que na campanha ao Governo do Estado, o sr. Rei Kião prometeu fazer do litoral paranaense, um dos mais lindos do Brasil. Já se vão, quase 05 anos, e Matinhos está um caos. Vamos rezar, fazer promessa, para ver de os Santos “tocam e sensibilizam o nosso Monarca Palaciano, para que recupere nossas praias, ou senão, os Catarinenses agradecem…..

  2. Jeremias, o bom

    Se verdadeira, a nota reforça a falta de representatividade do Paraná, diante dos demais estados federados.

    Tudo se soma.

    Na Justiça, não conseguimos emplacar um ministro no Supremo, a não ser o velho Ubaldino.

    Na Cultura, não conseguirmos emplacar um membro da ABL, a não ser o velho Rocha Pombo.

    No Esporte, somos constantemente humilhados como ocorreu na punição do Coritiba, que foi arbitrariamente guindado da primeira para a terceira divisão, ou na punição do Atlético (ainda não mudou de nome, né?), que não pode decidir a Libertadores em seu maravilhoso estádio. Talvez a próxima humilhação seja a não-Copa em Curitiba, ou um joguinho do tipo Albânia x Ilhas Virgens.

    Na Política, nunca tivemos um presidente ou vice, nunca tivemos um presidente da Câmara ou Senado. Ficamos felizes da vida com uma segunda secretaria da mesa da Câmara ou um ministeriozinho de segunda linha.

    Na Imprensa, fatos importantes que ocorrem no Paraná não têm a menor repercussão nacional. No RJ, se no momento em que escrevo estas mal traçadas um flanelinha estiver furtando o clock de uma madame diante do Bracarense, sairá uma matéria no Jornal Hoje, daqui a pouquinho, com direito a caras e bocas da Sandra Annemberg.

    A culpa é dos nossos políticos? Dos nossos empresários? Por certo.

    Mas é uma culpa que tem que ser dividida com todos nós, que insistimos em valorizar mediocridades para consumo interno e olvidamos os nossos verdadeiros talentos.

    Que paranaense sabe quem é e o que fez Cesar Lattes, único brasileiro que quase chegou ao Prêmio Nobel? E Glaci Zancan, recentemente falecida, alguém sabe algo sobre sua produção científica?

    Que paranaense lê Dalton Trevisan ou o genial Emílio de Menezes?

    E João Batista Villanova Artigas? Algum paranaense sabe quem foi? E Elgson Ribeiro Gomes, alguém sabe quem é?

    Quem conhece a história da construção da Catedral de Curitiba? Ou a do Passeio Público? Aliás, quem estuda ou tenta estudar a história do Paraná?

    Quantos sabem que Villa Lobos morou em Paranaguá? Quem sabe quem foi Brasílio Itiberê ou Bento Mossurunga? Aliás, quem conhece a letra do Hino do Paraná, além do Orlando Pessuti?

    Salvo engano, fechou-se o círculo vicioso. E isso somente pode ser modificado por uma verdadeira elite intelectual, no bom sentido, que gere um projeto sincero de paranismo, que não descambe em aquisição de meras vantagens econômicas ou eleitorais de parte de seus membros.

    Especializamo-nos em lamentar o desprezo com que somos tratados pelos outros estados, mas o que fazemos para merecer respeito?

  3. jango

    Peraí, dizem que será feito o “engordamento” da praia ! Obra maestra ! Alguém de vocês já brincou de fazer morrinho de areia na praia ? Deixa pra lá. Mas, dizem que será tirada areia do canal da galheta, levado em barcaças e jogada em frente ao lado do morro de Caiobá. Como ninguém contará as barcaças de areia alguns bolsos poderão também serem “engordados”. Ou não ?

  4. Adoilton

    Olha, Sr. Jeremias, eu sabia que o Villa-Lobos morou em Paranaguá. E o senhor, de tão chato, daqui a pouco entra para a Academia Paranaense de Letras

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