6:48Pauta do Peter

Peter Wiziniewski gostou de sua nova função, a de ombudsmann, ele que é milionário e passa o tempo cuidando dos filhos, dos netos, da “nega véia”, dos cachorros, da grama e, claro, da grana, que ele não é besta. Viaja muito também. Vai a Paris com o mesmo prazer que excursiona em Colombo. Reza sempre na Gruta do Monge, na Lapa, e sua porção de indgnação o mantém vivo. Daí, escreve. Para este blog. Agora ele encafifou de ser pauteiro, apesar de só ter entrado em redação de jornal uma vez na vida, porque queria comprar um para brincar de influenciar a opinião pública. Ainda bem que não deu certo. Eis sua nova mensagem: “Está na hora dos jornais, rádio e TVs deixarem de engolir o que o Sr. Fregonese, do Sindicato dos Postos de Gasolina, diz e todos publicam ou jogam no ar como cordeirinhos. Os preços praticados sobre os combustíveis, está na cara, estão cartelizados. Logo, que tal ir até até a Petrobrás, em Araucária, e saber qual os valores cobrados lá na boca da refinaria? Saber em seguida quem são os intermediários até o Postos,  conversar e ouvir a ladainha dos impostos incidentes (que realmente são uma vergonha). Finalmente, conversar com donos de Postos com bandeira ou desbandeirados. Também vão falar de impostos e margens pequenas de lucros e que são todos coitadinhos, mas não dirão nada sobre o supermercado em que os Postos se transformaram. Se esse negócio fosse ruim, não haveria um Posto em cada esquina. O glorioso Ministério Público deve ter levantamentos disso, caso a mão de obra investigadora seja muito grande. Se o MP não levantou, é bom se mexer porque não está cumprindo com seu dever, regiamente pago, diga-se. E tem o Procon, mas o Procon, ah, o Procon! Só não esperem o Premio Esso de reportagem.”

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Uma ideia sobre “Pauta do Peter

  1. Jeremias, o bom

    Ótima é a pauta do Peter.

    Esperamos que a brava imprensa das araucárias puxe esse fio de cabelo. Talvez encontre uma peruca.

    Lembro-me, rindo, das inúmeras “reportagens” veiculadas pela Rede Globo quando houve a liberação dos preços dos combustíveis. Eram lugares comuns frases do tipo:
    “- Com a concorrência, o preço irá baixar e quem vai ganhar é o consumidor.”
    “- Todos os postos vão ter que vender pelo menor preço possível, para não perder os clientes para o concorrente.”

    É curioso observar como uma reuniãozinha de meia dúzia de comerciantes, que não precisa sequer ser presencial, parece ser suficiente para abalar a lógica das tais “leis de mercado”.

  2. Gomes

    Pois é, ombudsman do Jornale, copiando meu comentário. Eu já havia dito que o Fregonese é o chefe do cartel e é ele quem organiza tudo, inclusive o de Londrina. Jornale vai atrás. O Fregonese não foi pego porque ajudou na campanha, dando combustível, todo mundo sabe.

  3. Valdir

    Opa! A “idéia” do ombudsmann foi por mim postada ontem à noite na nota “A espera da Medusa!”. Como diria o ilustre jornalista Francisco Camargo: “Lineu cadê o meu?”

  4. Peter Wiziewski

    Caro Valdir Li seu lúcido comentário e nele me baseei,
    mas ampliei a questão do cartel dos postos de
    Curitiba. Li hoje a nossa poderosa Gazeta do Povo, onde o Sr. Fregonese volta a deitar falação, abordando a “malha criminosa”desbaratada pela Polícia, a ausência de fiscais da ANP na questão da mistura irregulares nos combustíveis e
    afirmando que as três operações policiais já realizadas “representam apenas 40% das irregularidades do mercado de combustíveis do Estado”. Portanto, segundo ele,
    ainda há 60% de irregularidades ocorrendo. Uma delas
    não seria o cartel dos Postos de Curitiba? Seria, então, necessária uma quarta operação policial.

  5. Divino

    Coisas como cartéis, quadrilhas organizadas, etc. só ocorrem por não termos um Estado de Direito eficiente e eficaz em suas ações.
    Temos milhares de Leis para ocupar espaço nas prateleiras das bibliotecas, das livrarias e consumir o papel em que estão escritas.
    Este fato só ocorre porque a Constituição Federal diáriamente é desrespeitada, rasgada e “REEMENDADA” conforme os interesses dos poderosos e nunca a favor do povo.
    Como resultado, pagamos – classe média- por isso por que aceitamos, votamos errado, não exigimos e não somos bem representados no Congresso Federal .
    As “sociedades ou entidades organizadas” só defendes seus próprios umbigos.
    O resto, que se dane !
    O Estado cria-nos todas as obrigações possíveis, mas para termos, isto é não termos, nossos direitos fundamentais como educação, segurança, saúde, etc., pagamos e pagamos caro.
    Geralmente quando instituí-se uma nova lei é para contrapor outra já existente ou para agregá-la às inutilidades legais.
    Assim, não há jurista e nem judiciário que se entenda.
    Tornando o Poder Judicário um paquiderme lento e amarrado para decidir das causas.
    O respeito ao cidadão, fazer valer seus direitos e controlar os abusos, é o mínimo que a Administração Pública deve fazer.

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