16:24Leila Diniz? Aqui, ó!

Ela esteve em Woodstock e não fumou! Participou da produção do Festival de Águas Claras e só tomou água mineral. Cria uma penca de filhos e adora conforto. Ela é a “correspondente depressiva não-reprimida”. Apareceu de repente e mandou seu recado. Em papel seda, que guardou porque não utilizou.

“Já que vc lembrou que a gente xingava de burgueses e establishment quem não fumava maconha e não praticava sexo livre, lembrei que o termo que se usava na época pros artistas malucos era que pertenciam à “contracultura”. Como uma coisa puxa a outra, me veio a sensação que a Ittala – agora com dois Ts, mas incapaz de deixar qualquer homem com um T sequer na atualidade – deve se achar, assim, uma Leila Diniz. Não é. Afinal, ela – Ittala – é mulher, artista, lutou contra a ditadura, a burguesia e o establishment, foi da contracultura, fumou e tomou todas, deu pra torcida do Corinthians e do Flamengo juntas, e, portanto, se julga uma representante legítima dessa geração. Daí a boca cheia com que fala de repressão e depressão e ditadura e mete o nariz onde não é chamada. Ela só se esqueceu de duas coisas: 1) Leila Diniz, só tem uma; e 2) Mais de trinta anos se passaram, e ela esqueceu de entrar no século 21…. E aí, ainda lembrando de contracultura e malucos e arte, aqui vai uma das músicas que considero das mais lindas e geniais de todos os tempos. A melodia é incrível, e a canção é muito lisérgica, claro.

um grito de estrela
vem do infinito
e um bando de luz
repete o grito
todas as cores
e outras mais
procriam flores astrais

um verme passeia
na lua cheia
um verme passeia
na lua cheia

(secos&molhados, 1971)”

Falou!!!!

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