A Câmara Municipal de Curitiba ratificou o veto do prefeito Beto Richa para a substituição das sacolas plásticas tradicionais dos supermercados por outras produzidas por material oxibiodegradável. As primeiras demoram 500 anos para desaparecer. A segunda, 18 meses, mas são muito perigosas, segundo o especialista Ramani Marayan, professor da Universidade de Michigan. Seus estudos comprovam que, quando se acelera o processo de degradação, libera-se quantidades acima do aceitável de níquel, cobalto e manganês. Mais: como o material se degrada muito rápido, se esfarela em partículas e fica invisível a olho nu, não podendo ser reaproveítável. No tempo em que Jackson e Tocafundo brilhavam na linha de frente do Clube Atlético Paranaense, as compras eram carregadas em sacolas de lona, que pertenciam aos fregueses, como é feito até hoje na Europa. Mas lá eles são atrasados, mesmo.
E as sacolas de papel?
Ninguém fala nelas, nem os fabricantes – que são desorganmizados e tímidos.
O saco de papel é biodegradvável em poucos dias e é reciclável 100% (desde que a tinta usada na impressão seja
atóxica – o que não é dificuldade).
Sacos de papel são feitos de celulose, produzida de florestas planejadas, plantadas, colhidas e replantadas para esta finalidade. Nenhuma grande indústria, no Brasil, derruba mata nativa para fazer celulose e papel.
E o Brasil é o maior reclador de papel do mundo, chegando próximo a 80%.
Por que insistir no plástico?
JJ