2:37José Richa em livro

O jornalista Reinaldo Bessa revelou ontem em sua coluna social na Gazeta do Povo, a mais importante do Paraná, que o colega Hélio Teixeira escreve um livro sobre o ex-governador José Richa. O projeto é uma iniciativa do ex-ministro Euclides Scalco e do conselheiro Heinz Herwig, do Tribunal de Contas do Paraná, com o consentimento da família Richa. A pedido deste blog, o próprio Teixeira esclarece aqui mais detalhes sobre a missão:

“Não se trata de um livro biográfico de José Richa, mas quase uma seqüência de crônicas, mostrando como ele surfou na política, revelando-se um aglutinador, um  articulador nos bastidores das decisões nacionais e um político que teve a habilidade  de juntar grandes quadros no seu governo do Paraná. A idéia é fazer uma coisa séria, mas bem-humorada entremeando as ações de governo com o comportamento pessoal dele (futebol, roupa marrom combinando com aquela cara de árabe, o Dodjão cor de ouro, os pastéis, o quibe, o futebol semanal no Cangüiri e depois na Paraná Equipamentos). E muito bastidor da história recente do Paraná e do país. Os contatos e acertos para acalmar os milicos no período brabo da década de 70,  ele deputado, prefeito de Londrina, Senador e depois governador. As costuras na Constituinte, o time de políticos que surgiu em Londrina e Sudoeste e que aí estão. Cada entrevistado lembra e conta suas histórias com o turco. Não imaginamos um catatau numerológico e burocrático, longe disso. Por exemplo: o Clic Rural vai contar que D.Josefa, do interior de Peabiru, chorou quando dispensou o ferro a brasa pelo elétrico. E aí nós falamos da importância desse programa. Há uma lista inicial de 60 depoentes e aí vamos juntando os trapos para costurar o texto final. A tudo isso vai se somar textos do FHC, José Serra, Lila Covas, Tasso Jereissatti, Euclides Scalco, os cardeais de bico grande. Nesse projeto está a jornalista Rose Arruda, o fotógrafo Ivan Bueno e outros coleguinhas, porque a mão de obra é grande.”

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Uma ideia sobre “José Richa em livro

  1. Valdir

    Uma obra com a assinatura do Hélio Teixeira dispensa elogios. Uma biografia do José Richa nos remete a um tempo tempo, curtíssimo aliás, de respeito às pessoas, ética na política e programas socias de verdade, como o Clic Rural e a agricultura familiar do ex-secretário da Agricultura, Claus Germer.
    Agora uma história: quando Richa era senador, entre 87 e 93, ele não aparecia nos veículos do Paulo Pimentel. Então, em 92 ele apareceu sem que o Pimentel soubesse. Arrumei uma entrevista com Richa num sábado à noite, quando o PP estava viajando. Ele foi até o estúdio da TV Iguaçu e falou por 20 minutos ao vivo com o Bóris Casoy. Na saída, gozador, disse: “manda um abraço no Pimentel!”

  2. Jeremias, o bom

    Os anos Richa consistiram num dos raros momentos em que o Paraná teve representatividade diante do País.

    Richa era respeitado no Brasil inteiro e sempre auscultado nas grandes questões nacionais.

    O que não impediu que ele fosse vilipendiado pela nossa imprensa curitibana, que o chamava de cachorro sarnento quando candidato ao governo com o número 5, ou denominava de “boatinha voadora” o avião do governo estadual que ele utilizava quando governador.

    Como vemos, as ironias contra o Aerolula têm lá seus antecedentes…

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