9:04Cresce o vucovuco entre promotores e políticos

O jornal Gazeta do Povo informa em sua edição de hoje que os promotores do Ministério Público do Paraná resolveram peitar os políticos que querem enquadrá-los com a campanha “Diga não ao foro privilegiado, diga sim ao fim da lista tríplice no Ministério Público Brasileiro”, que defende a eleição direta para a escolha do procurador-geral de Justiça, hoje a cargo do governador do Estado. É nobre a causa. Recebeu apoio do senador Osmar Dias (PDT) e do deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), e chumbo do deputado Osmar Serraglio (PMDB), que tem medo de a campanha interna se transformar na esbórnia de dinheiro que é a dos políticos, e do petista André Vargas, que acha que há muito excesso nas denúncias, pois o Ministério Público dá publicidade às acusações antes de elas terem sido apuradas. De qualquer forma, os promotores paranaenses vão pedir o apoio da bancada paranaense para que ajudem a aprovar a emenda 566/97, que está tramitando na Câmara Federal, que prevê a escolha do procurador-geral pelo voto de seus pares. Nada mais. Milton Riquelme de Macedo, o atual procurador-geral, foi preterido pelos seus companheiros nas duas últimas eleições. Perdeu a primeira para Maria Tereza Uille Gomes, presidente da Associação Paranaenase do Ministério Público, e a segunda para Olympio de Sá Sotto Maior Filho. O governador Roberto Requião, contudo, escolheu-o, e fim de papo. No episódio da prisão do policial Delcio Rasera, no ano passado, por escuta ilegal de telefone, feita pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC), do próprio Ministério Público, Riquelme saiu imediatamente em defesa do governador, que estava em campanha para reeleição, afirmando que não havia ligação entre o preso e Requião, apesar de o policial ser lotado na Casa Civil e se apresentar, com cartão e tudo, como assessor especial do governador. Por conta disso quase perdeu o cargo em processo julgado pelo Conselho da instituição. Quase. Agora com Requião mordido por conta do pedido feito pelos procuradores para que exonere seus parentes dos cargos públicos, resta saber qual a opinião do procurador-geral. Por enquanto ele está mudo.

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Uma ideia sobre “Cresce o vucovuco entre promotores e políticos

  1. Jeremias, o bom

    Está certo o Governador.

    Ele tem o voto da população. Se esta não estiver satisfeita com ele, o substitui por alguém da oposição.

    Já a eleiçãozinha de procurador-geral entre os seus pares é um acordo de comadres, com todos os ingredientes para descambar na chaga do corporativismo.

    Eu não voto em procurador-geral. Quem vota?

    Quem estiver contra o nepotismo de Requião, que vote em outro candidato. Aqui nessas bandas tem eleição de quatro em quatro anos e normalmente tem uns sete ou oito candidatos.

    Democracia é isso! Parem de temer a decisão do povo e comecem a obedecê-lo! Ou restaure-se a ditadura!

    Cansei!

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