12:18Viver perigosamente

O brasileiro desembarca no aeroporto internacional Afonso Pena depois de anos fora do País. Vai à banca de jornais e se depara com as seguintes manchetes de hoje dos principais jornais da capital da Província:

Gazeta do Povo – “Projeto sobre o MP tornará ‘intocáveis’ 1.320 autoridades”

Jornal do Estado – “Número de paranaenses na malha fina aumenta 60%”

O Estado do Paraná – “Governo do Paraná e MP em pé de guerra”

Tribuna do Paraná – “Última corrida: 10 tiros no taxista”

Se ele acredita um tico na imprensa, não coloca os pés na calçada externa do aeroporto. Faz meia-volta e tchau mesmo. Agora, se gosta de emoções fortes e diárias, e viver perigosamente, o lugar certo é aqui mesmo.

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Uma ideia sobre “Viver perigosamente

  1. Jeremias, o bom

    Sinceramente, um brasileiro bem instruído que tenha ficado anos fora do País não acredita “um tico” na nossa imprensa.

    Ele passará batido por tais manchetes.

  2. nelson padrella

    Estamos chegando perigosamente ao ponto da banalização das atrocidades cometidas contra o povo. Na medida que nos mostramos insensíveis às tragédias, como se fossem mais um capítulo de uma novela de ficção, abrimos espaço para o surgimento de forças terríveis. Nesse momento que o horror não causa mais horror, nas palavras do jornalista Luiz Marques, lembro com pesar dos tristes acontecimentos de um passado recente. O Brasil já não conta com poderes sadios (político, jurídico, etc), e urge que se instale a moralidade, a ética, a decência, ou desceremos morro abaixo rumo ao abismo.

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