12:02O computador da discórdia

O site “Relatório Reservado – Negócios & Finanças” (www.relatorioreservado.com.br), do Rio de Janeiro, publicou hoje a seguinte reportagem sob o título “CCE, Roberto Requião e o computador da discórdia”: O dono da CCE, Isaac Sverner, entrou de gaiato em uma rinha política e vai sair com uma batata quente fiscal. Lideranças políticas de oposição a Roberto Requião, ligadas notadamente ao PSDB, fizeram chegar ao Ministério Público Estadual e à Receita Federal denúncias de superfaturamento e sonegação na compra de mais de 22 mil televisores de 29 polegadas e de tela plana realizada pelo governo do Paraná no fim de 2006. Os aparelhos foram vendidos pela CCE para uma empresa local chamada Cequipel, vencedora da licitação promovida pelo governo do estado para a instalação de TVs na rede pública de ensino.O assunto entrou em ebulição nas duas últimas semanas, após o governo ter anunciado que a Digibrás, subsidiária da CCE, vai construir uma fábrica de computadores no Paraná. Por uma dessas coincidências, poucos dias antes de o projeto vira público, Requião assinou um decreto renovando incentivos fiscais para a área de informática. A oposição se articula na Assembléia Legislativa para brecar a entrada em vigor da nova lei. Pretende também investigar as circunstâncias em que foi selado o acordo triangular entre CCE, Cequipel e o governo. Procurada pelo RR -Negócios & Finanças, a CCE garantiu que “ofereceu asmelhores condições na tomada de preços feita pela Cequipel”. Afirmou ainda que, apesar do anúncio do governo do Paraná, ainda não se decidiu pela instalação da fábrica no estado. A Secretaria Estadual de Educação, por sua vez, informou que os televisores foram adquiridos por licitação na modalidade Pregão Eletrônico, devidamente homologado e contratado.O fato é que pela segunda vez em cinco anos o nome do empresário Isaac Sverner emerge em situações rumorosas de natureza fiscal. Em 2002, a Polícia Federal do Amazonas abriu três inquéritos para investigar a CCE e a DM Eletrônicada Amazônia, também de propriedade de Sverner, por suposto envolvimento em contrabando de componentes eletroeletrônicos. À época, a CPI do Roubo de Cargas chegou a pedir a quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário do empresário e de seus filhos, Roberto e Eduardo Sverner. O desgaste institucional da CCE e do próprio Sverner são tudo aquilo de que a Digibrás menos precisava neste momento, em que a empresa acelera seus planos de expansão. A companhia quer construir a nova fábrica para reduzir o custo de suas vendas na Região Sudeste, especialmente em São Paulo. “

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