O Nelson Padrella é do time do andar de cima. No texto, no humor, na pintura, no cinema, no saque, na amizade e muitos etc. Enfim, um ser humano especial que esta província teima em esquecer no apartamento em que mora ali no Hugo Lange – ou seria Cabral? Está neste blog desde que ele nasceu, há um ano e caquerada, para honra do titular, seu admirador desde os tempos em que escrevia o “Cara a Berta”, na Gazeta do Povo. Entre uma jóia e outra que agora produz (jóia mesmo!), de vez em quando ele se digna a comer pastel com este que vos escreve – na barraca do japonês, na feira de sábado, perto do campo dos Coxas. Ele não sabe, mas vou contar aqui para vocês: com o Padrella pontuando aqui neste espaço, minha insignificância aumenta e as pessoas esquecem de torrar meus países baixos. Bem vindo, amigo, neste cantinho que é só seu.

Por Nelson Padrella

Praça Santos Andrade. Ontem, dia 10. Defronte ao vetusto prédio da Universidade, um grupo de seres vestindo branco posicionava-se diante de úm fotógrafo profissional. Vi que era profissional porque tinha até tripé. Os seres, certamente universitários, posavam para a famosa foto oficial, com a escola ao fundo, para mostrarem aos netos quando netos tivessem. Daquelas fotos em escadinha, a primeira fila agachada, a segunda se segurando pra não cair e a terceira de pé. Não sei se eram estudantes  de medicina, enfermagem ou de algum curso de cabeleireiro. Só sei que vestiam branco e tinham um símbolo engraçado no braço. Talvez fosse um grupo de aikidô, sei lá. De notável é que, após algumas fotos, decidiram os rapazes fazer molecagem. E desceram as calças para que suas magras bundas ficassem imortalizadas. Isso foi maldade minha.Tinha lá um garoto com uma bunda que não se  vê nas melhores casas do ramo. Eu ia dizer que quem mostra quer vender mas aí sim seria maldade. Deixa pra lá.