3:23Tiro de canhão no assessor de Richa

Esta não será uma sexta feira tranqüila para o prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB). Os jornais amanhecerão repercutindo uma matéria publicada ontem no jornal “Tribuna do Vale”, baseado em Santo Antonio da Platina, com leitores inclusive em Barra do Jacaré, com a manchete “Denúncia do Ministério Público contra assessor atinge o prefeito Beto Richa”. O assessor, no caso, é Ezequias Moreira, “poderoso” chefe de gabinete do prefeito. A matéria diz que Ezequias colocou sua sogra, Verônica Drau, num “gabinete fantasma” que o prefeito teria na Assembléia Legislativa, com vencimentos de mais de R$ 3 mil, comprou um Scenic da Renault da Cotrans, que aluga veículos para a prefeitura, pela metade do preço, e empregou sua mulher com um cargo em Comissão na FAS, órgão da prefeitura. Além disso, Ezequias estaria acumulando as funções de chefe de gabinete do Prefeito (R$ 8 mil)  com um cargo na Sanepar. O site Gazeta do Povo Online colocou no ar pouco depois da meia-noite a reportagem. Não citou a “Tribuna do Vale” e não falou sobre o Scenic e a mulher de Moreira. Ouviu quase todos os envolvidos. Nelson Justus, presidente da Assembléia, confirmou que Verônica é funcionária desde 1996. Ela, segundo a Gazeta do Povo, disse que nunca foi trabalhar na Assembléia. A Sanepar diz que não paga salário ao chefe de gabinete, que está emprestado à Prefeitura. Apenas deposita o salário e ele é devolvido – o que foi confirmado pela Prefeitura. Richa nega que tenha gabinete fantasma e diz que Ezequias Moreira é funcionário de confiança da família há décadas.  Ezequias não foi ouvido. Cabe a ele falar sobre as denúncias. Segundo a Gazeta do Povo, que teve acesso à papelada “a denúncia foi encaminhada ao  Ministério Público pelo relações públicas Marcos Ravazzani. Alessandro Ravazzani, primo de Marcos e advogado dele, disse na quinta-feira (9) que seu cliente teve acesso aos documentos e resolveu denunciar o fato na condição de “cidadão inconformado de posse de informações”. Pode ser. Embora a 14 meses das eleições municipais, esse tiro de canhão, pelo visto, deflagrou a briga. A resposta, pelo que tudo indica, vai colocar de novo sob os holofotes o episódio do líder do PMDB, deputado Luis Claudio Romanelli, e do ex-líder do mesmo partido, Nereu Moura, de levarem grana de funcionários de seus gabinetes em legislaturas passadas, denúncia aceita recentemente pela Justiça Federal. Quanto à matéria bem escrita na surpreendente “Tribuna do Vale”, a distribuição do jornal pelo secretário especial para assuntos de  Curitiba Doático dos Santos e pelo próprio Luis Claudio Romanelli talvez signifique alguma coisa…..

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