O cabo Aires e o soldado Peterson, da Polícia Militar, estão dançando o miudinho porque eram os responsáveis pela guarda dos empresários uruguaios Isidoro e Rolando Rozemblum, donos da Sundown que cumpriam pena no Hospital Santa Cruz e fugiram na madrugada do dia 3 de julho para nunca mais voltar. Os policiais respondem a inquérito policial militar na corporação e foram ouvidos pela Polícia Federal, que investiga o caso. Pode sobrar para muita gente graúda o que estão relatando aos federais. Sabe-se, por exemplo, que muito antes da fuga houve um tremendo quiprocó no comando da PM por causa da maneira como se estava fazendo a vigilância dos presos. O procedimento para estes casos indica que, para cada um deles, eram necessários dois policiais e que estes ficassem dentro dos quartos do hospital. Os presos deveriam ficar em locais separados, o que não aconteceu. Quem quis fazer o certo, foi voto vencido. A ordem, que veio “de cima”, era para que a vigilância fosse light, discreta. Deu no que deu. Os uruguaios se mandaram. E não foram embora de bicicleta ou moto. Agora, devem estar no Uruguai. Enquanto isso, aqui na província, a bomba dessa lambança toda pode cair no colo do secretário de Segurança Luis Fernando Delazari.