Manoel Carlos Karam tem lugar garantido no coração deste blog. Definí-lo como escritor, teatrólogo, jornalista ou humorista é muito pouco. Karam está para nós, simples escrevinhadores, assim como Nilton Santos, Didi, Garrincha e Pelé estavam para os outros jogadores na Copa de 58. Suas “Crônicas de Alhures do Sul” estrearam junto com o nascimento deste modesto espaço. Agora, enquanto a “ténica” prepara um cantinho nobre e especial para o craque, vamos publicar os textos produzidos neste tempo em que o becão aqui se preparava para entrar definitivamente em campo com a camisa do Jornale.
Lidas pelo autor na BandNews FM 96,3 às segundas-feiras, entre seis da tarde e sete da noite, e na terça-feira de manhã – ou a qualquer momento em edição extraordinária.
(2 de julho de 2007)
O escritor e pintor Nelson Padrella disse outro dia que esteve em Alhures do Norte e ficou sabendo da idéia de derrubar o muro e fazer uma Alhures só.
Então fiquei pensando no tamanho do muro.
Vamos lá com o mapa.
Alhures do Sul fica no Oiapoque e Alhures do Norte no Chuí.
Ninguém pensaria que Alhures fosse simétrica ou coerente.
Se existe um muro entre elas, este muro tem a largura do comprimento do Brasil.
Portanto um muro mais largo do que comprido.
Mais uma vez portanto:
Graças a Nelson Padrella temos um rival à altura, ou à largura, da Muralha de China.
A Grande Muralha de Alhures não irá abaixo para unir Alhures.
Ambas permanecerão assim mesmo, unidas, e com o nome de Alhures do Sul, uma vez que esta coisa de norte e sul pra mim é bem simples.
Porque vivo no sul do Brasil e no norte de Curitiba.