6:40Vida bandida

História curitibana. A funcionária da Secretaria da Educação saiu do prédio onde trabalha, levou uma cotovelada de um trombadão e perdeu a bolsa, arrancada no muque. Perua, tentou sair correndo atrás do malaco. O salto quebrou e ela só notou algumas quadras depois, ofegante e toda dolorida. Voltou ao trabalho. Recebeu telefonema do filho. Alguém tinha telefonado para casa dizendo que tinha a bolsa e que iria entregá-la na secretaria. A mulher ficou apavorada, avisou todo mundo e, em caravana, foram esperar, quem sabe, o bandidão. De repente, estaciona uma baita Mercedes, de onde desce um senhor distinto com a bolsa na mão. Entrega e ainda pede desculpas de tê-la aberto, pois precisa encontrar referências para devolvê-la, daí o telefonema para a residência. A dona da bolsa respirou aliviada, foi para casa, retirou tudo quanto era de valor que carregava, deixou só o essencial e continuou na lida. Menos de uma semana depois, ao chegar ao estacionamento particular onde deixa o carro perto da Secretaria, dá de cara com quatro marmanjos mal encarados. Tenta mostrar tranqüilidade. Não adiantou. Um deles encosta um trezoitão na cabeça dela, limpa a carteira e a coloca num minúsculo quartinho junto com mais oito pessoas que já sido vítimas dos assaltantes. Depois de duas horas, todos são libertados. A única coisa boa, para ela, é que os bandidos não levaram seu possante.

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